terça-feira, 21 de junho de 2016

Esquimós


Localização e Habitação

   Os esquimós localizam-se no Leste da Sibéria, no Norte do Alasca e do Canadá e da Groenlândia. Nessas regiões o inverno é muito longo e rigoroso, por isso eles moram em casas feitas de turfa (agregado de restos de vegetais). No verão, quase todos os esquimós vivem em tendas feitas de pele de caribu ou de foca. Quando viajam, constroem iglus, que são casas de gelo em forma de cúpulas que servem de abrigo temporário. Apenas os do centro do Canadá e os das Ilhas do Norte desse país usam as casas de gelo, como abrigos permanentes de inverno, estes são construídos com a neve endurecida em blocos, pelo efeito do vento e do frio.

Iglu

Alimentação

   O norte é muito frio, por isso suas terras não são favoráveis ao crescimento de plantas, assim elas não têm muita relevância na alimentação dos esquimós.Os esquimós se alimentam mais dos animais que caçam e pescam, como da foca, da morsa, da baleia e ainda das aves e ursos polares. Tudo é aproveitado nos animais. O povo esquimó se alimenta a base de carne crua, aliás seu nome realmente significa: “comedores de carne crua”. Eles comem peixe rico em ômega 3, pois permite que o sangue circule mais fluidamente tornando mais fácil o equilíbrio da temperatura do corpo.

Pesca

Vestuário

    Os esquimós se vestem com as peles dos animais, porém, ao contrário dos outros povos, já que eles usam a pele voltada para dentro, de forma a mantê-la mais próxima ao corpo e promover um aquecimento mais adequado.


Religião e crenças

   Os esquimós acreditam que a natureza é controlada por espíritos poderosos, porém, eles não consideram necessário fazer orações.Os caçadores esquimós tiram dos animais, tudo o que lhes é necessário para sua sobrevivência, pois eles consideram que o mundo é regido pelos animais.
   Com o intuito de afastar os maus espíritos para ocorrência de catástrofes ambientais, ou situações desagradáveis e inesperadas, os esquimós partilham sua mulher, com os visitantes. Aliás as crianças são muito importantes para os esquimós, porque de acordo com suas crenças, os pequenos são reencarnações de seus antepassados, logo quanto mais, melhor.


Lendas e Histórias

   Há muitos e muitos anos, em uma pequena aldeia da costa, viviam um homem e sua mulher. Depois de um longo período, o casal teve dois filhos: um menino e uma menina. Os irmãos se davam muito bem, para alegria dos pais. Um não se separava do outro.
   O tempo foi passando e as crianças crescendo. Quando os dois irmãos se tornaram adultos, aconteceu algo surpreendente: eles não paravam de brigar. Os pais dos jovens ficaram tristes e espantados. Não conseguiam entender como os filhos, de uma hora para outra, tornaram-se inimigos.
   Na verdade, quem se transformou foi o filho, que tinha inveja da beleza da irmã e por isso vivia a persegui-la. A menina, por sua vez, já estava cansada das implicâncias do irmão e não sabia mais o que fazer para escapar de suas maldades. Mas um dia ela teve uma idéia:

— Vou fugir para o céu. Só assim escaparei do meu irmão.
A menina então se transformou em Lua.
Quando o rapaz descobriu que a irmã tinha fugido, ficou muito triste e arrependido.
— Se ela foi para o céu, eu irei também. Não posso ficar sem a minha irmã.
   E foi isso que aconteceu. O rapaz conseguiu ir para o céu, só que em forma de Sol, e não parou de correr atrás da menina. Às vezes, ele a alcança e consegue abraçá-la, causando então um eclipse lunar.


Sepultamento

   O sepultamento dos esquimós é bastante interessante. Quando uma pessoa morre, o seu corpo é colocado no chão, para que sua alma possa encontrar o caminho para o submundo. No entanto, se uma pessoa morre devido a alguma doença ou enfermidade, o corpo é desmembrado e, em seguida, as partes são separadas, colocadas em locais diferentes. Para enterrar uma pessoa, o que eles fazem é dobrar o corpo da pessoa morta ao meio e depois colocar o cadáver de lado numa caixa. Esta caixa é então levantada em torno de três a quatro metros acima do solo, por meio de quatro apoios. A caixa é então pintada com aves, peixes e outros animais. Quando uma pessoa morre, todos seus valores devem levados fora de casa e colocados para se desinfectarem.


Língua Esquimó

   As línguas esquimó-aleútes constituem um conjunto de idiomas falados na Groenlândia, no Ártico Canadiense, no Alasca e em partes da Sibéria. Geralmente são divididos em três principais dialetos:

* O inuíte, falado no norte do Alasca, Canadá e Groenlândia

* O yupik, falado no oeste e sudoeste do Alasca e na Sibéria.

* O aleúte, falado nas Ilhas Aleutas e nas Ilhas Pribilof.

   A língua esquimó mais conhecida, o inuíte, consiste num conjunto de dialetos que se relacionam. Contudo, nem todos são inteligíveis entre si. Estes dialetos são difíceis de diferenciar, pois possui uma imensidão de variações, alguns vizinhos têm mais facilidade em compreender o dialeto de povoações vizinhas, mas à medida que se afastam, a dificuldade de compreensão aumenta.


Meio de Transporte

   Os esquimós usam cães como meio de transporte, geralmente cães da raça Husk, pois são cães que resistem mais ao frio. Eles os utilizam para arrastarem trenós e embarcações, caçar o urso branco e defenderem seus acampamentos e suas manadas de caribus (rena norte-americana) dos predadores.

   O trenó que os cães carregam, mede de 3 a 10 metros de comprimento. 

Curiosidades


  • Os esquimós não pertencem a nenhuma nação. 
  • Os esquimós casam cedo, aos 14 e 15 anos é comum já se encontrarem casados. 
  • São um povo nômade. 
  • São conhecidos por serem um povo solidário, acolhedor e pacífico. 
  •  Eles têm uma sociedade patriarcal e poligâmica, um homem tem mais mulheres à medida que possui mais riquezas. 
  • O incesto é socialmente aceito em algumas regiões, assim como filhos ilegítimos. Não há conceito de fidelidade conjugal.
  • As principais atividades das mulheres em contexto doméstico são costurar e “cozinhar”. 
  • Os homens dedicam-se a preparar os utensílios para caçar e pescar, focas e baleias. 
  • Os homens esquimós medem em média cerca de 1,60 m e as mulheres cerca de 1,50 m. Os corpos são fortes e os membros curtos. Têm traços físicos mongóis. 
  • Para demonstrar carinho, os esquimós esfregam o nariz um nos outros, já que se eles se beijarem, os lábios grudariam com o frio. 
  • Também é comum os filhos, darem uma manta, ao pai quando estes se tornam um estrovo para a família, para que os velhos, saiam de casa e se entreguem à sua sorte. 
  • Quando numa viagem um idoso demorava mais para realizar o percurso, esta afastava-se voluntariamente para morrer. Esta prática ficou conhecida como, eutanásia altruísta.

QUIZ

Esquimós


Autores: João Marcos Dalmolin, Lucas Arend, Ricardo Vargas e Matheus Filipi

Incas

Introdução


   Os incas viveram no período pré-colombiano (3000 a.C. a 1500 d.C) na Cordilheira dos Andes na região do Peru, Chile, Bolívia e Equador até serem dizimados pelos conquistadores espanhóis. 
   Esse povo tornou-se conhecido em todo o mundo pela sua cultura e tradição, pelos objetos de ouro que confeccionavam, pela utilização de pedras em suas obras tais quais estradas nas montanhas, canais de irrigação, etc.

Mapa do domínio Inca

A Sociedade

O povo inca

   Na sociedade Inca, todos os incas eram obrigados a trabalhar para o Império e para os seus deuses e todos os níveis da sociedade pagavam tributos ao imperador.
   Todas as atividades dos habitantes eram supervisionadas pelos funcionários do Império, os filhos sempre tinham de seguir o ofício dos pais. 
   O imperador era conhecido como "O Inca", que reivindicava seu poder dizendo ser descendente de deuses e usava roupas e cocares especiais para demonstrar sua superioridade e poder.
   Abaixo do O Inca, haviam quatro classes de cidadãos: a primeira era a família real, nobres, líderes militares e religiosos. Estas pessoas controlavam o Império Inca. 
Depois tinham os governadores que tinham muito poder pois eles que organizavam as tropas, coletavam os tributos e eram responsáveis por impor a lei e estabelecer a ordem. 
Abaixo deles haviam os oficiais militares locais, que eram responsáveis pelos julgamentos menos importantes e resolviam pequenas disputas podendo atribuir castigos. 
E mais abaixo tinham os camponeses, que eram a maioria da população.
   Os camponeses tinham um sistema básico bem desenvolvido para sua organização territorial. Essa organização era conhecido como "ayllu" que era uma comunidade composta por diversas famílias em que os membros consideravam ter um antepassado comum (real ou fictício). E cada ayllu tinha um "kuraca", que era o chefe do ayllu. Então cada ayllu era um determinado território. A distribuição das terras era dada pelos membros da comunidade que eram aptos para o trabalho e cada membro da comunidade tinha que colaborar nos trabalhos coletivos, como por exemplo, a manutenção dos canais de irrigação.
   Os nobres tinham muitos privilégios, como a posse de terras e a poligamia. Recebiam presentes do monarca, como mulheres, lhamas, objetos preciosos e permissão para usar liteiras ou trono.
Eram educados em escolas especiais durante quatro anos. Eles estudavam a língua quíchua, religião, quipus, história, geometria, geografia e astronomia. Quando terminavam os estudos, eram graduados em uma cerimônia solene, e demonstravam sua preparação passando em algumas provas.

Religião

Tributo aos deuses

   Os Incas eram politeístas. Seus principais deuses eram forças da natureza, como o Sol e a Lua. Eram supersticiosos e acreditavam em forças sobrenaturais que habitavam objetos e locais. Realizavam sacrifícios e a construção de templos. Assemelhavam-se com muitos outros povos indígenas americanos, sem deixar de lado sua singularidade.
   Os sumo-sacerdotes eram chamados Huillca-Humu, viviam afastados e profetizavam utilizando uma planta sagrada chamada huillca ou vilca (Acácia cebil) com a qual preparavam uma bebida de propriedades enteógenicas que era bebida na Inti Raymi (Festa do Sol).


Seus deuses

Viracocha

Alguns dos seus principais deuses:
  • Viracocha, o Velho Homem dos Céus, foi Criador do Mundo. Criou, destruiu os homens e tornou a criá-los a partir da pedra. Depois os dispersou nas quatro direções. Empreendeu muitas viagens até chegar a Manta (Equador), de onde partiu sulcando o Oceano Pacífico em uma embarcação feita com sua capa.
  • Inti era conhecido por Deus Sol. Era o protetor da casa real. Seu calor beneficiava a terra e fazia as plantas florescerem. Era representado com um rosto humano sobre um disco radiante.
  • Mama Quilla era a Deusa Lua. Esposa de Inti. Mãe do firmamento. 
  • O deus da chuva era Appu Illapu. Sua sombra encontrava-se na Via Láctea, de onde jorrava a água que cairia na terra em forma de chuva.
  • A mãe terra era conhecida por Pacha Mama, deusa da fertilidade.
  • Mama Cocha era a deusa do mar. Era cultuada principalmente nas regiões costeiras do Império Inca. Recebia oferendas e cultos para acalmar as águas bravas e favorecer a pesca.
  • Wacon era um deus maligno e cruel responsável pela seca no Peru. Era conhecido por devorar crianças.
  • Pachacámac, o espírito do crescimento de todas as coisas, espírito pai dos cereais, animais, pássaros e seres humanos. Responsável pelos terremotos.


Lendas 

   A milhões de anos, Virocha deu vida a dois de seus filhos: Mama Ocla (Filha da Lua) e Manco Capac (Filha do Sol) que foram colocados em duas ilhas situadas no lago Titicaca: Ilha da Lua e Ilha do Sol. Eles tinham o dever localizar um local para a construção do seu novo império. Vagaram e encontraram a região do planalto andino(na cidade de Cuzco). Manco enterrou seu bastão na terra e abriu uma fenda que o encobriu, e assim ele passou a chamar aquele local de Cuzco (Umbigo do mundo), que se tornou a capital do Império Inca, onde se situavam as fortalezas históricas do império Inca. A cidade de Cuzco foi construída no formato de um Puma na qual sua cabeça situa-se a fortaleza de Sacsahuaman, essa região é recoberta de mistérios, no qual há a existência de um túnel ligando as duas cidades, desde de Cuzco até o Kkoricancha (templo do Sol).




Lugares sagrados e templos


Templo do Sol inca

   Os incas construíram diversos templos para suas divindades, como o templo de Vilkike, o templo do Aconcágua (a montanha mais alta da América do Sul) e o Templo do Sol no Lago Titicaca e o Templo do Sol, em Cusco, que foi construído com pedras encaixadas sem qualquer tipo de cimento. Esta construção tinha uma circunferência de mais de 360 metros. Dentro do templo havia uma grande imagem do sol. Em algumas partes do templo havia incrustações douradas representando espigas de milho, lhamas e punhados de terra. Além de várias porções das terras incas que eram dedicadas ao deus do sol e administradas por sacerdotes.
  Os huacas eram lugares sagrados que estavam espalhados por todo território inca. Huacas eram divindades que viviam na natureza, como em montanhas, rochas e riachos. Líderes espirituais de uma comunidade usavam rezas e oferendas para se comunicar com um huaca para pedir conselho ou ajuda.

Ritos Funerários



    O povo inca acreditava em reencarnação para quem seguisse as regras: ama sua, ama lulla, ama chela (não roube, não minta e não seja preguiçoso) e estes merecedores poderiam viver sob o calor do Sol, enquanto os outros eternamente na terra fria.

   Assim como os egípcios, esses nativos também realizavam o processo de mumificação, visando à preservação dos corpos que normalmente eram enterrados em posição fetal. Junto com o cadáver, eram enterrados com objetos de apreço do morto ou utilidade. De suas sepulturas, acreditavam que as mallqui (múmias) poderiam conversar com ancestrais ou outros huacas daquela região. As múmias, as vezes eram chamadas a testemunhar fatos importantes e participar de rituais e celebrações.

Cultura

Medicina

Quinino

Chasqui

   Os incas fizeram muitas descobertas farmacológicas. Usavam o quinino no tratamento da malária e obtiveram grande sucesso. As folhas da coca eram usadas de modo geral como analgésicos, e para diminuir a fome, embora os mensageiros Chasqui as usassem para obter energia extra. Também era comum e eficiente a terapia do banho de ferimentos com uma cocção de casca de pimenteiras ainda mornas.

Música

Trombeta de concha marinha

   Os incas tocavam música em tambores e instrumentos de sopro como flautas, flauta de pan, quena e trombetas feitas de conchas marinhas ou de cerâmica

Arte e Artesanato


   Os incas produziam artefatos para uso diário decorados com imagens e detalhes de deuses. Era comum o uso de formas geométricas abstratas e representação de animais altamente estilizados na produção de cerâmicas, esculturas de madeira, tecidos e objetos de metal. Os incas produziam belos objetos de ouro e as mulheres, tecidos finos com desenhos admiráveis.

Culinária

   A alimentação era dada principalmente de vegetais, pães, bolos e mingaus de cereais (especialmente de milho ou aveia), e carne (assados ou refogados), comumente de porcos selvagens (caititus) e de lhama. Apesar da dieta ter sido muito variada, havia muitas diferenças entre os alimentos consumidos pelos diversos ramos da sociedade. 
   O povo só comia duas refeições por dia. O prato comum dos Andes era o chuño (farinha de batata desidratada). Acrescentava-se água, pimentão ou pimenta, e sal para então servir. Eles também preparavam o locro (ensopado a base de abóbora, feijão e milho) com carne seca ou cozida, muito pimentão, pimenta, batatas e feijão. Comiam ainda grandes quantidades de frutas, como a pera picada ou o tarwi. O milho era bastante consumido, era preparado fervido ou torrado. 
   Os nobres e a realeza alimentavam-se muito melhor do que o povo. Na mesa não podia faltar carne, que era escassa para o povo. Comiam carne de lhama, de vicunha, patos selvagens, perdizes da puna, rãs, caracóis e peixe. 
   A refeição começava com frutas. Logo após vinha a refeição principal, apresentada sobre uma esteira de juncos (planta verde-escura e flexível) trançados estendidos no solo. O nobre se acomodava em seu assento de madeira, coberto com uma tela fina de lã e indicava o que lhe agradava. Daí, uma das mulheres de seu séquito (conjunto de pessoas que acompanham alguém, por um dever oficial ou por cortesia) o servia em um prato de barro ou de metal precioso, que segurava entre suas mãos enquanto o nobre comia. As sobras e tudo que o nobre havia tocado, era guardado em um cofre e queimado logo depois, as cinzas eram dispersadas.

Chuño

Locro

Tarwi

Vestuário

   Os homens usavam uma túnica sem mangas que descia à altura do joelho e às vezes uma pequena capa. As mulheres tinham várias roupas que a cobriam todo o corpo e geralmente usavam sandálias de couro. Nas estações mais frias todos usavam longos mantos de lã sobre os ombros presos por alfinetes na frente.
   Eles gostavam de se embelezar. Quanto mais ricos e elaborados os tecidos, mais caros. E acabavam por demonstrar o nível social do indivíduo que os usava.
   Os incas usavam seus gorros de lã com cores tribais que designavam-lhes as origens.

   Os homens usavam muito mais joias que as mulheres. Os mais ricos usavam pulseiras de ouro e brincos enormes, quanto maior o brinco mais importante era a pessoa que o usava (mesma ideia dos tecidos). Os guerreiros usavam colares feitos com os dentes de seus inimigos.



Escrita

   O império era muito centralizado e extremamente estruturado. Pode dizer-se também, burocrático. Não havia um sistema de escrita (no papel). Para administrar o império eram utilizados os quipus (cordões de lã ou outro material nos quais eram codificadas mensagens). Registrava-se por exemplo, número de habitantes por idade e sexo e outras estatísticas que eram atualizadas constantemente como o número de cabeças de gado, os tributos pagos ou devidos aos diversos povos, o conjunto de entradas e saídas dos armazéns estatais, ... 
   Mediante os registros procurava-se equilibrar a oferta e a procura, numa tentativa de planificação da economia. Os números eram dados pelos nós e as significações pelas cores. Os nós das extremidades inferiores representam as unidades. Acima ficam as dezenas, mais acima as centenas e, por último, os milhares e as dezenas de milhar. Os incas conceberam o equivalente do zero: um intervalo maior entre os nós. O significado dos nós complexos, porventura reservados aos múltiplos são ignorados. A ausência de cordão secundário ao longo do principal, assim como a falta de uma cor, possuía determinado significado, exatamente como acontecia com a ausência de nó no cordão (zero). 
   Os intérpretes dos quipus, os quipucamayucs ("guardiões dos quipus"), possuíam uma excelente memória, da qual a fidelidade era assegurada por um processo mortal: qualquer erro ou omissão era punido com a pena de morte. Cada quipucamayuc especializava-se na leitura de determinada categoria de cordões: religiosos, militares, econômicos, demográficos, ... Cabia-lhes igualmente instruir os seus filhos, para que eles mais tarde ocupassem seus lugares. Para melhor fixar as narrativas, o quipucamayuc cantava-as, como uma melodia. Os quipus serviam ainda para o registro de fatos históricos e ritos mágicos. Porém estes quipus ainda não foram decifrados.

Quipucamayuc 

Quipu

Moeda

Moedas



Os incas não possuíam moeda propriamente dita, realizavam trocas ou escambos onde mercadorias eram trocadas por outras. O trabalho era remunerado com mercadorias e comida. Serviam como moedas sementes de cacau e também conchas coloridas (consideradas de grande valor).

Caça


   Os incas usavam o arco de flechas e zarabatanas (Tubo comprido de madeira através do qual se pode soprar um dardo ou pelota de barro envenenados) para caçar animais que lhes forneciam carne, couro e plumas (que usavam em seus tecidos) como cervos, aves e peixes. A caça era coletiva, o método mais usado era formar um grande círculo e ir aos poucos fechando-o sobre um centro para onde iam os animais.

Zarabatana

Economia


    A agricultura representava a base da economia Inca. Eles souberam aproveitar ao máximo o solo, mesmo com as condições que o terreno andino proporcionava.
   O plantio era feito em terraços e já usavam a técnica das curvas de nível sendo os primeiros a usar o sistema de irrigação.
   Utilizavam varas e arados para revolver o solo, e a lhama era utilizada para o transporte das colheitas. A lhama também fornecia lã para fazer tecidos, mantas e cordas, couro e carne.
   Os Incas cultivavam cerca de setecentas espécies vegetais. Os principais vegetais cultivados eram batatas, milho, pimentas, algodão, tomates, amendoim, mandioca, um grão conhecido como quinua, ervas aromáticas e medicinais, e as folhas de coca que eram reservadas para a elite.
   Toda a produção agrícola era fiscalizada pelos funcionários do império.

Vídeo Incas




Atividades

Para fixação do conteúdo resolva as questões a seguir, a princípio sem consulta e depois corrija procurando no material disponibilizado.

1- Sobre a geografia e economia do Império Inca marque V para verdadeiro e F para falso:

a) ( ) Os incas domesticaram a lhama, a alpaca, a vicunha, o guanaco e a cobaia.
b) ( ) Os incas faziam a contabilidade das áreas de terras aráveis, do número de cabeças do rebanho e da quantidade de alimentos obtidos na colheita a partir dos quipus.
c) ( ) Os nós aplicados nos quipus hoje encontram-se decifrados.
d) ( ) Os principais cereais e tubérculos cultivados no Altiplano eram o milho e a batata.
e) ( ) Os incas praticavam a agricultura de jardinagem em terraços nas encostas das montanhas.

2- A quais personalidades do Império Inca estavam reservadas a mumificação?
                                                                                                                                         
                                                                                                                                          

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Kaingang

Origem

   O primeiro contato com os Kaingang foi feito no início século XVI(16) pelos colonizadores europeus tal contato foi feito quando os portugueses encontratam alguns grupos de Kaingang próximos ao litoral atlântico. Mas, no entanto, não há nenhum relato histórico desta época que comprove quais foram os ancestrais desta tribo, porém, sabe-se que alguns grupos de seus ancestrais foram reduzidos em Conceição dos Gualachos, às margens do rio Piquiri e também em Encamación, às margens do Tibagi.
   Se baseando em alguns relatos históricos, é possível que alguns poucos grupos dos Kaingang tenham sido influenciados pelas reduções jesuíticas e tenham vivido em florestas e campos do sul do país, mais especificamente onde hoje se encontram São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul viveram nestes locais até o século XIX(19) quando foram conquistados.

Habitação da tribo Kaingang

A conquista sobre os territórios Kaigang

   As conquistas dos territórios dos Kaingang teve início no século XVIII(18) quando alguns caciques se aliavam aos brancos para derrubarem outros grupos de Kaingang, com as expedições de conquistas e as “estradas” nas matas na qual aos poucos iam se formando vilas pelos colonos e tropeiros que as utilizavam pelo fato que se instalavam em paradas e locais para descanso, assim aos poucos formando Colonias e posteriormente vilas, claro que alguns grupos de Kaingang não aceitavam isso em seu território e atacavam os tropeiros e colonos quando os mesmos passavam pelas estradas, mas geralmente eram dizimados.
   No século XIX(19) Todos os grupos kaingang e caciques que viviam no Sul do Brasil foram praticamente conquistados e aldeados, à exceção dos Kaingang da bacia do Tietê-SP e os grupos que viviam nos territórios entre os rios Laranjinha e Cinzas, no Paraná. Os de São Paulo foram conquistados em 1912 e os do Paraná em 1930. Em todas as expedições foram utilizados alguns Kaingang pacificados de São Jerônimo.
Kaingang aldeados. Foto: acervo Museu do índio, década de 1950

Kaigang na atualidade

   Atualmente os Kaingang são uma das cinco tribos mais populosas do País ocupando aproximadamente 30 áreas reduzidas, de seu antigo território, espalhadas pelas regiões dos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
   Pertencem a família linguística Jê, junto aos xoclengues, integram o ramo linguístico Jê Meridionais. Sozinhos correspondem à aproximadamente 50% de toda população indígena pertencente à família linguística Jê

   Sua cultura se desenvolveu nas sombras dos pinheirais, ocupando as regiões sul e sudeste do país.
A crença dos Kaingang se constitui em três religiões: o Xamanismo Kaingang, a Católica e  a Protestante.
   Nas aldeias pode-se perceber que os Kaingang são bastante modernos em comparação a algumas tribos, se vestem com roupas como as que usamos possuem motos e celulares, algumas aldeias possuem ate postos de atendimento próprio e escolas. Mas mesmo com a modernização das aldeias os Kaingang mantêm sua cultura as transmitindo de “pai para filho” as crianças primeiro aprendem a falar a língua da tribo e depois na escola aprendem o português como língua secundaria, também são ensinados a caçar, pescar e cultivar.
   Tem como base em sua econômica a agricultura: cultivo de milho, feijão e moranga;
   A caça e pesca: se constitui de animais encontrados nas áreas perto das aldeias;
   Produção artesanal: cestos feito pelas mulheres da aldeia, arcos e flechas, etc.







Autores: Daniel Junckes e Gustavo Gubler

domingo, 19 de junho de 2016

Astecas

A Tribo Asteca



Palavras cruzadas

   Para melhor fixação do assunto tente resolver as palavras cruzadas abaixo:


Os                (1) eram o povo que habitou a atual região do México nos séculos XIV a XVI.

Os imperadores astecas eram eleitos por um consenso entre a                (2), já que a sucessão desses não era hereditária.

Para os astecas                (3) deviam ser feitos periodicamente para manter o sol vivo até o fim dos tempos, já que seus Deuses teriam se sacrificado para a formação do mundo em que viviam pois se sacrificaram para formar o sol e a lua e para alimentá-los.

A civilização dos astecas teve um fim abrupto com a chegada dos                (4) no começo do século XVI, principalmente porque o imperador Montezuma II considerou Hernán Cortés a personificação do deus                (5), o Deus mais venerado pelo povo asteca.

Os astecas não exerciam autoridade suprema sobre as terras conquistadas, apenas exigiam                                                           _               (6) dessas.

A economia era divida em dois setores:                (7), comandado pelo rei e nobreza; e comercial independente do                (7).

Os                (8) astecas são livros escritos pelos astecas, pré-colombianos e da era colonial, e constituem algumas das melhores fontes primárias sobre a cultura asteca.


(Clique na imagem para visualizar as respostas)


Autores: Lucas Schmidt, Vinicius Lorencetti, Priscila G. B. Araújo

Apaches

Tribo Apache

Habitação

Os índios Apache Originalmente habitavam uma área que se estendia pelo norte do México aos estados do Arizona e do Novo México além do Texas e o Colorado(Estados Unidos). Algumas tribos habitavam ainda no norte dos Estados Unidos. Os Apache habitavam ambientes muito diferentes, vales e planícies, áreas montanhosas, desertos e margens de rios, seu povo era dividido em vários clãs ou ramificações como os Mescaleros.
Alguns clãs e onde habitavam:

Resistindo à Colonização

Os apaches foram os que resistiram à dominação do homem branco por mais tempo. Dividiam-se em várias tribos pequenas e nômades, não passando muito tempo no mesmo local. Só se renderam mesmo quando 5 mil soldados dos EUA cercaram o grupo de 50 guerreiros comandados por Gerônimo.

Relacionamento com os “caras pálidas”

A guerra com os homens brancos começou com a chegada dos espanhóis e prolongou-se pelos séculos, apesar disso, os Apaches mantiveram relativa autonomia até o fim da Guerra civil Americana.
Os filmes de faroeste retratavam muitos os apaches, mas de uma forma preconceituosa sempre retratando eles como selvagens que não tinham educação e n eram civilizados.
A imigração europeia havia introduzido na América do Norte doenças para as quais os nativos não tinham defesa. As epidemias nas colônias inglesas atingiram os indígenas da mesma forma que nas áreas ibéricas. O sarampo matou milhares de indígenas em toda a América.


        Espíritos e Natureza

Os Apaches tinha uma relação muito amigável com o ambiente ao redor praticavam agricultura e viviam em aldeias familiares. A caça aos bisões era uma das partes essenciais para a vida Apache e a carne do bisão era fundamental para dieta dos índios. A religião Apache possuía vários elementos do xamanismo e a crença dos espíritos dos ancestrais, das forças da natureza permeava a espiritualidade deste povo. Com auxílio dos espíritos, as colheitas eram muitos mais fartas e a vitória surgia nos combates contra outras tribos inimigas. A ligação com os elementos e com a família era muito forte na cultura Apache.

        Língua

                 Falavam a língua Apache da qual herdaram seu nome. Depois de tempos vivendo com os colonizadores muitos aprendiam a falar inglês ou espanhol.

        Curiosidade

           Como Apaches designa vários grupos de índios americanos, cada um desses grupos possuíam diferenças no modo de vestir, comer e os acessórios que utilizavam. Havia grupos de Apaches que se alimentavam mais da caça de animais, já outros eram mais dedicados à plantação ou aos saques que realizavam em pequenos povoados.
            Mas de um modo geral as mulheres cuidavam dos alimentos, das moradias, da água e todas as outras funções dentro da tribo dos índios americanos, já os homens eram apenas responsáveis pela caça e pelas guerras. Uma outra curiosidade é que a partir do século XVI os índios americanos Apaches se tornaram conhecidos por ser um povo guerrilheiro, por isso possuíam casas que eram facilmente transportadas.
               Os índios americanos Apaches só se alimentavam de caça de animais selvagens, colheita de plantas selvagens, negociações e cultivo de plantas, pois acreditavam que haviam animais selvagens que eram proibidos de serem comidos, como a coruja.

        Conclusão:

            Os apaches são povos nativos dos Estados Unidos que falam a língua apache e que habitam atualmente reservas indígenas no sudoeste dos Estados Unidos. Antigamente, os povos apaches ocupavam territórios em Arizona, norte do México, Novo México, oeste e sudoeste do Texas e sul de Colorado.

Referências:

http://www.blogers.com.br/indios-americanos-apaches/


Autores: Juan Senem, Rafael Holz Birck e Emanoel Moraes Bueno.